Os nossos filhos aprendem com a realidade. Para poder captá-la e interiorizá-la, necessitam de relações interpessoais, contacto com a natureza e a beleza, e motivação para agir com sentido e consciência. Precisam de sensibilidade, empatia, espírito crítico e criativo. Mas, neste mundo cada vez mais dominado pela artificialidade dos ecrãs, é fácil que sofram de um perigoso défice de realidade.
É preciso chamar a atenção que o ponto de partida do livro não é uma espécie de ânsia por chegar a determinadas conclusões. O ponto de partida é a educação: os seus objetivos. Quando temos claro quais são os seus fins, damo-nos conta de que na educação nada é irrelevante. Portanto, as NT não são uma espécie de ferramenta «neutra», como muitas vezes se afirmou. Devemos questionar-nos sobre o papel que desempenham (ou não) na busca da perfeição de que são capazes os nossos filhos. É uma grande pergunta, quiçá demasiado ambiciosa, e, portanto, não pretendemos abarcá-la na sua totalidade. Mas, pelo menos, tentaremos suscitar uma reflexão sobre ela, e o leitor poderá guardar o que considerar oportuno.»
A Autora